quarta-feira, 23 de abril de 2014

Espaço Pequeno - Planejamento ideal

Por: Camila Oliveira / Fotos: Haruo Mikami (Divulgação)





















Um sofisticado casal possuía um apartamento de 68 m², e tinha como ponto de partida um projeto com espaço gourmet. A ideia foi executada pelo escritório Studio AZ, que aproveitou da melhor forma a área disponível. A solução foi retirar completamente a divisão entre a cozinha e a sala de estar, criando dois ambientes integrados, permitindo ao casal receber seus convidados enquanto cozinham e acompanham a TV. Para compor a decoração, os profissionais e proprietários apostaram em toques de cor, objetos garimpados em viagens e materiais marcantes, que trouxeram para o apartamento mais personalidade. Na cozinha, o piso de porcelanato preto, e as paredes foram pintadas com tinta lavável branca, poupando um pouco o gasto com revestimento.

Ao lado da ilha, foi feito um móvel que abriga o botijão de gás (na parte interna) e uma pequena adega, garantindo acesso para a cozinha e para a sala.

Cozinha aparente
Como a área é totalmente integrada à sala, foi importante manter o aconchego e a modernidade, evitando os revestimentos frios e a cor branca nos armários. Os móveis são de MDF, revestido com melamina de cores preta e alumínio, e a bancada da pia é de granito preto Tijuca. Trazendo um toque de alegria para a cozinha, as bordas do fogão ganharam uma bancada com Cristalstone Vermelho Stelar.

Para deixar o espaço mais descolado, as profissionais escolheram adesivos vinílicos em formato de talher (R$ 189), que enfeitam portas de vidro pintadas de branco. As portas escondem a área de serviço, abrigando máquina de lavar, tanque e armário vassoureiro.

Tudo junto
As salas de estar e jantar têm o piso de porcelanato na cor cimento, e paredes foram pintadas com tinta acrílica (Suvinil C147). O tapete de juta na área do living foi escolhido com listras em diversos tons neutros, quebrando a sobriedade sem chamar atenção demais. Para não comprometer a circulação e deixar tudo mais organizado, a marcenaria foi feita sob medida: de MDF com laminado natural cinza prata, com armário emoldurado em madeira Teca de reflorestamento, além de portas laqueadas de cor cinza. Na mesa de jantar, a leveza do tampo de vidro (20 mm) dá destaque à base de MDF revestido com lâmina natural preto-ébano. Para acompanhá-la, confortáveis cadeiras (R$ 256 cada) de madeira. Sobre elas, uma luminária de acrílico branco, com proporção maior que a mesa (80 cm), acrescenta humor ao ambiente.

Ao lado do sofá uma mesinha lateral, unindo as funções de cachepô e revisteiro. Ela é feita de MDF e revestida com lâmina natural preto-ébano. Acima dela, uma persiana de madeira sintética com fita cinza arremata a produção.

Ao lado da ilha de madeira, há um vidro bronze de 10 mm que permite que quem está na cozinha preparando refeições assista à TV sem nenhuma barreira visual. Ele ainda protege o sofá e os móveis de possíveis respingos vindos do fogão.

Soluções criativas
A marcenaria em frente à cama foi feita para encaixar a TV, guardar sapatos e acomodar um espaço para uma penteadeira. A intenção era aproveitar cada canto, e também disfarçar um grande pilar que dividia quarto e sala.

Só dele
O banheiro usado apenas pelo marido ganhou pastilhas pretas-foscas (R$ 21 o m²) e faixa em pastilhas de cristal pinceladas, além de cuba de louça preta e armário de MDF laqueado, feito sob medida. Como o espaço é masculino, foi possível usar cores mais fortes, como o preto e o roxo.

Espaço do casal
No quarto, as profissionais pensaram em uma alternativa para disfarçar as vigas que antes dividiam quarto e varanda: rebaixos de gesso. A iluminação geral é indireta, com lâmpadas fluorescentes tubulares embutidas. O piso ganhou revestimento de madeira carvalho Viena, e a parede, tinta acrílica, em um tom que chega próximo ao da cortina, feita de linhão. Em frente à cama, há um espaço com uma penteadeira, que abriga uma banqueta (R$ 159) de cor preta, quebrando a claridade das outras cores.

Por conta da falta de espaço, a parede entre o quarto e a sala foi substituída quase que totalmente pelo móvel, deixando a TV encaixada no armário, parte dentro do quarto e parte dentro da sala.

O pendente acima da mesinha lateral proporciona uma iluminação diferente, e deixa o local mais moderno, contrapondo-se ao adesivo floral ( R$ 300) romântico, que ocupa toda a parede ao lado.

A la Mondrian
Já no banheiro usado pela esposa, as profissionais apostaram em um mix de pastilhas verdes-foscas (R$ 35 o m²) no piso e dentro do nicho, na área do box. A cuba e o assento sanitário são brancos, para não brigar com as outras cores, presentes na bancada de vidro laqueado vermelho e no armário de MDF laqueado de cores preta, branca e amarela.

A intenção era economizar no orçamento, e os tons do gabinete inferior vieram da inspiração no artista plástico Piet Mondrian, que utilizava cores básicas (vermelha, azul e amarela combinadas com preto, cinzento e branca) em suas obras.

Área de descanso
Ao lado das salas, foi criado um espaço exclusivo para o descanso, com piso de módulos de cumaru sobre porcelanato. A intenção era um local com cara de deque externo, mantendo a atmosfera de varanda, apesar da integração com os outros ambientes. As lanternas foram compradas no exterior.

Enfeitando a parede, postais emoldurados (R$ 45 cada moldura) como lembranças de viagens, fotos de revistas e alguns presentes deixam o projeto ainda mais personalizado.

Projeto: Studio AZ Arquitetura e Soluções;
Vidros e espelhos: Vidro Clean;
Móveis: Marcenaria Mendes;
Bancadas e pastilhas Glass Mosaic: Marmobráz;
Tintas: Polar Tintas;
Cortinas e tecidos: Art Cenário;
Bambu: Replant.


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terça-feira, 22 de abril de 2014

Bolha Imobiliária - Cbic e Caixa não veem risco

Presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (Cbic), Paulo Safady Simão reclama do retorno frequente ao debate sobre bolha imobiliária, uma discussão que ele considera esgotada.  "É uma coisa tão clara. Temos um mercado rigorosamente sob controle, longe de níveis que possam sugerir uma bolha. Não vejo o menor sentido nessas previsões. Nosso mercado é muito saudável", afirma Paulo Safady.

Longe de economias que tiveram problemas com bolhas imobiliárias, diz ele, o Brasil tem o equivalente a menos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em crédito imobiliário. Economias como os Estados Unidos, em 2012, tinham no crédito habitacional quase 70% do PIB.

Além disso, no pós-bolha dos EUA houve um alerta geral no mundo. As instituições se protegeram, enfatiza.  "Quando se falha em bolha, na verdade, há um desserviço ao mercado imobiliário", critica.

O presidente da Cbic argumenta que preços altos, ao contrário do que reza a crença popular, não podem ser traduzidos imediatamente como sinal de problemas na saúde do próprio mercado.

Em Brasília e Rio de Janeiro, por exemplo, houve superaquecimento de preços. Mas que inclusive já se realinhou. O próprio mercado corrige essas distorções de preços, evitando especulação , detalha o presidente.

Ele diz que, também durante a crise iniciada em 2008 e 2009, grandes incorporadoras que fizeram sua abertura de capital (no mercado financeiro, o IPO), com seus bancos de terrenos para desenvolvimento futuro, também readequaram seu ritmo de vendas.  "Deveríamos combater não as pessoas, mas o argumento, a leitura de que temos uma bolha imobiliária no Brasil", afirma Paulo Safady Simão.

Governo - Superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Paulo Nery fala com tranquilidade sobre o assunto. Ele reconhece o forte realinhamento de preços, especialmente em Pernambuco, por causa dos efeitos no mercado imobiliário provocados pela expansão do Complexo Industrial Portuário de Suape.

Nery ressalta que a Caixa responde por 69% do crédito imobiliário no Brasil, com acesso a fontes como o FGTS. Foram R$ 106 bilhões em 2012 e R$ 134,9 bilhões no ano passado, crescimento muito acima da elevação do PIB brasileiro, de 2,3%.

Depois de apresentar argumentos como o peso do mercado imobiliário na economia brasileira e de resgatar as diferenças básicas entre Brasil e Estados Unidos, o principal ponto que o superintendente observa é a questão da inadimplência, que fechou o ano em 1,47%, ainda menor do que no início de 2013, quando estava em 1,54%.  O sistema bancário brasileiro é muito regulado. O Brasil se modernizou muito no setor , afirma Nery.

Paulo Nery, sempre com a expressão séria, brinca um pouco para descontrair.  Sempre que temos algum dinheiro disponível, inclusive, investimos em imóveis , fala, em alusão a si mesmo.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), só no primeiro mês deste ano o volume de empréstimos para compra e construção de imóveis chegou a R$ 8,2 bilhões, melhor janeiro dos últimos 20 anos. Na comparação com janeiro de 2013, o crescimento foi de 22% nos valores contratados.

A Caixa espera crescer mais em 2014, entre 10% e 20% no crédito imobiliário , afirma o superintendente. (Jornal do Commercio - PE).

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