terça-feira, 22 de abril de 2014

Bolha Imobiliária - Cbic e Caixa não veem risco

Presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (Cbic), Paulo Safady Simão reclama do retorno frequente ao debate sobre bolha imobiliária, uma discussão que ele considera esgotada.  "É uma coisa tão clara. Temos um mercado rigorosamente sob controle, longe de níveis que possam sugerir uma bolha. Não vejo o menor sentido nessas previsões. Nosso mercado é muito saudável", afirma Paulo Safady.

Longe de economias que tiveram problemas com bolhas imobiliárias, diz ele, o Brasil tem o equivalente a menos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em crédito imobiliário. Economias como os Estados Unidos, em 2012, tinham no crédito habitacional quase 70% do PIB.

Além disso, no pós-bolha dos EUA houve um alerta geral no mundo. As instituições se protegeram, enfatiza.  "Quando se falha em bolha, na verdade, há um desserviço ao mercado imobiliário", critica.

O presidente da Cbic argumenta que preços altos, ao contrário do que reza a crença popular, não podem ser traduzidos imediatamente como sinal de problemas na saúde do próprio mercado.

Em Brasília e Rio de Janeiro, por exemplo, houve superaquecimento de preços. Mas que inclusive já se realinhou. O próprio mercado corrige essas distorções de preços, evitando especulação , detalha o presidente.

Ele diz que, também durante a crise iniciada em 2008 e 2009, grandes incorporadoras que fizeram sua abertura de capital (no mercado financeiro, o IPO), com seus bancos de terrenos para desenvolvimento futuro, também readequaram seu ritmo de vendas.  "Deveríamos combater não as pessoas, mas o argumento, a leitura de que temos uma bolha imobiliária no Brasil", afirma Paulo Safady Simão.

Governo - Superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Paulo Nery fala com tranquilidade sobre o assunto. Ele reconhece o forte realinhamento de preços, especialmente em Pernambuco, por causa dos efeitos no mercado imobiliário provocados pela expansão do Complexo Industrial Portuário de Suape.

Nery ressalta que a Caixa responde por 69% do crédito imobiliário no Brasil, com acesso a fontes como o FGTS. Foram R$ 106 bilhões em 2012 e R$ 134,9 bilhões no ano passado, crescimento muito acima da elevação do PIB brasileiro, de 2,3%.

Depois de apresentar argumentos como o peso do mercado imobiliário na economia brasileira e de resgatar as diferenças básicas entre Brasil e Estados Unidos, o principal ponto que o superintendente observa é a questão da inadimplência, que fechou o ano em 1,47%, ainda menor do que no início de 2013, quando estava em 1,54%.  O sistema bancário brasileiro é muito regulado. O Brasil se modernizou muito no setor , afirma Nery.

Paulo Nery, sempre com a expressão séria, brinca um pouco para descontrair.  Sempre que temos algum dinheiro disponível, inclusive, investimos em imóveis , fala, em alusão a si mesmo.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), só no primeiro mês deste ano o volume de empréstimos para compra e construção de imóveis chegou a R$ 8,2 bilhões, melhor janeiro dos últimos 20 anos. Na comparação com janeiro de 2013, o crescimento foi de 22% nos valores contratados.

A Caixa espera crescer mais em 2014, entre 10% e 20% no crédito imobiliário , afirma o superintendente. (Jornal do Commercio - PE).

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