quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não há evidências de bolha imobiliária, afirma estudo da FGV

Estudo afirma que embora não haja provas concretas do fenômeno de bolha, a possibilidade também não pode ser descartada, sendo necessário continuar acompanhando os preços

Por Heraldo Marqueti Soares |11h15 | 16-10-2012

SÃO PAULO - Assunto em alta, principalmente entre Rio, São Paulo e Brasília, o fenômeno bolha imobiliária anda esquentando a cabeça de muita gente no mercado imobiliário. Recente estudo publicado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) afirma que é pouco provável que o Brasil esteja passando pela formação de uma bolha neste momento no mercado.

Os mesmos testes aplicados pela equipe de Peter Phillips (um dos maiores estudiosos do assunto), foram feitos pelos professores do Cemap da FGV (Centro de Macroeconomia Aplicada) no mercado paulistano e não foram provados indícios da presença ou formação de bolha. Entretanto, os especialistas advertem que ainda é necessário manter monitoramentos do mercado, frisando que tal fenômeno não pode ser descartado.

O estudo da FGV, assinado por Paulo Gala, Rogério Mori e Emerson Fernandes Marçal, afirma que, embora a presença do fenômeno bolha não possa ser totalmente descartado, a hipótese mais provável é que o aumento dos preços imobiliários tenha sido ocasionado por fatores normais ligados à demanda em excesso, que por sua vez, estaria relacionada ao excesso da oferta de condições de crédito.

Além disso, segundo informa o estudo, a queda de juros e o aumento da renda das famílias permitiram acesso mais fácil ao crédito para compra de imóvel. Em relação aos investimentos, outro fator que pode ter impulsionado esses preços é a queda de juros nas aplicações financeiras, que levou os investidores e buscar mais imóveis como destino de investimento.

“Todos estes fatos juntos permitiram um forte aumento da demanda”, diz o estudo, complementando que a oferta no setor não consegue responder prontamente à tanta demanda, por conta do tempo necessário para viabilizar novos empreendimentos e, por fim, o resultado é o encarecimento dos imóveis.

“Caso não haja bolhas no mercado imobiliário brasileiro espera-se que no futuro próximo ocorra uma consolidação dos preços”, ressalta o estudo, esperando que um novo patamar sem contínuos aumentos – como os recentes – sejam registrados no País.

Monitorar preços
Contudo, o estudo da FGV afirma a necessidade de manter o monitoramento dos preços a fim de acompanhar se os resultados se assemelham aos níveis de bolha para assim fornecer uma resposta definitiva se existe ou não bolhas no Brasil.

Fonte: InfoMoney

Acesse nosso site www.multcorretora.com e fique por dentro dos imóveis urbanos e rurais de Nova Mutum/MT e estado do Mato Grosso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário